terça-feira, 19 de março de 2019

País de número 33: Tailândia


Primeiro dia em Krabi

Saí em Bangkok com minha nova amiga de infância, um docinho de côco da Filipina que eu conheci e ficou de guia e fazendo de tudo pra me agradar, até reservou meu bilhete de avião e fomos juntas na 7-Eleven pra eu pagar, num sistema que eu nunca tinha visto antes, pagar bilhete de avião na loja de conveniência. À noite incentivei que ela trouxesse o seu amigo canadense e fui meio que de vela. Acabou que a noite foi divertidíssima, o rapaz ficou de escolher um bom bar no meu bairro e acabou nos levando nesses mercados de rua que parece ser uma das atrações populares da cidade! O papo foi divertidíssimo, emocional, daquelas noites que você perde o sono e não vê o tempo passar apesar da cerveja ser servida com gelo no copo. Tentei enrolar pra não dormir pois teria que acordar às 3:15 da manhã pra partir pro aeroporto, mas acabei dormindo por meia hora. Acordei mal humorada com meu namorado me ligando da Noruega pra me ajudar a não perder o vôo. Deu certo. Cheguei em Krabi, sul da Tailândia depois de 1:30h de vôo com a Airasia. Descobri um ônibus que levava ao hotel, ou melhor, a espelunca mais barata da cidade que eu reservei. Chegando lá a recepcionista estava tomando banho e saiu enrolada na toalha pra me atender. Brother, nem quando eu tinha 18 anos e trabalhei em albergue eu faria uma parada dessas, mas respeito a cultura e por mim ela pode ficar à vontade contanto que me dê meu quarto com ar condicionado por 2 noites à 500baht que eu reservei no hotel.com já que ela tava querendo me vender 400baht uma noite e não colou. Não venha ensinar malandragem pra uma carioca que não vai colar. Dei um rolé apesar do cansaço absurdo e terminei arrumando um tour de barco pra uma ilha chamada Railay. Fiz amizade com 3 da Malásia e um tava com o dente tão podre que eu penso como pode alguém decidir viajar ao invés de cuidar disso com o dinheiro. Fiz amizade com uma francesa também sozinha e ficamos explorando a ilha juntas. Boa companhia, falava pouco e somente francês, o que eu adorei pra desenferrujar as 6-7 frases que eu sempre repito igual papagaio e que impressiona os outros. Porra, que lugar lindo mermão. Caverna com estalactites com macacos com a boca meio branca estilo vitiligo, floresta, praia com água verde esmeralda e paredões rochosos com gente escalando. Dá pra Imaginar essa combinação toda? Ainda faltou um elemento: o templo feito pelos pescadores em homenagem a uma princesa, nele há diversas pirocas de todas as cores e tamanhos pra deusa da fertilidade. Tô gostando e não é pouco. Tinham uns cariocas por perto comparando com Praia do Forno em Arraial do Cabo e Lopes Mendes em Ilha Grande mas não tava a fim de dar “oi”, até por que que comparação nada a ver, pô! Viajaram. Bebi água de côco e isso sim pra mim é luxo, mas admito que o gosto é diferente da do Brasil, eu prefiro a nossa. Já o suco de melancia estava um mel!!! Esse bateu o nosso. Eles fazem uns drinks aqui com yakult, ainda não provei mas tá na lista. Voltamos de barco, não tá caro 300 baht pelo transporte ida e volta. Depois a van supostamente era pra ter me deixado na minha espelunca e claro, o cara não conhecia kkkkk. Acabou me deixando no meio do nada onde eu achei que soubesse que estava. Tá tranquilo, entrei no 7 eleven e comprei logo minha janta (fotos abaixo): hambúrguer feito de arroz com porco apimentado, de quebra lancei um feijão no leite de côco que foi uma verdadeira guerra interior pra decidir. A alma brasileira dizia: tem feijão preto, compra. A racionalidade dizia: com leite de côco, você vai encarar isso? Peguei e botei na prateleira 3 vezes. Me senti velha, pensei: caralho, cadê meu espírito de aventureira de provas as coisas? Você não é mais a mesma, tá na sua zona de conforto cidadã mais ou menos. No final falei pra mim mesma que sou brabona e vou comer essa parada sim e se tiver muito ruim vou misturar com esses amarelinhos aqui que eu não sei o que são mas acho que é fio de ovos. Por incrível que pareça, Portugal foi o primeiro país a estabelecer relações diplomáticas com a Tailândia lá pra 1510 por aí, e eles quem trouxeram a pimenta pra cá! E os fios de ovos ficaram até hoje como das sobremesas preferidas dos thai. Jantar na mão, acabei fazendo amizade com os rastafaris locais que me ajudaram a carregar o celular, tô aqui ouvindo reggae, me sentindo na sala da casa de um amigo, galera gente boa demais esses rastas, pena que eu não dou pra fumar maconha por que nunca aprendi a tragar nem cigarro. Participei de umas lives pra promover o bar e ele dizia sempre: temos uma brasileira hoje que entrou pra família, então é isso: tô aqui mais ou menos sem achar a minha pousada mas sendo muito bem tratada! One love!

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