segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Viagem a Israel- continuação

Continuando...

Aeroporto

O aeroporto internacional Ben Gurion é considerado um dos aeroportos mais seguros do mundo. E por isso recomendam que se chegue com 3 horas de antecedência para o vôo. Já na entrada há filas e mais filas para que a bagagem maior passe por um scanner. Uma agente do aeroporto perguntou como nos conhecíamos, para onde íamos, quem tinha arrumado nossas malas e se alguém mandou um presente através de nós. Depois da mala ter sido checada, outra fila para checar a bagagem de mão. Note que você estará sendo observado o tempo todo, por isso qualquer idiotice como deixar a mala sozinha depois de ser escaneada acarretará em perguntas e demora. Isso aconteceu com uma pessoa que estava conosco que largou a mala sozinha depois de ter sido escaneada e acabou sendo parada diversas vezes para escanear mais vezes a mala e responder a perguntas. Os funcionários do aeroporto se comunicam o tempo todo com seus rádios e cooperam na investigação de uma pessoa suspeita. Eu e H-P não tivemos problema nenhum, nem na entrada e nem na saída. Na entrada respondemos a perguntas como para onde iríamos, motivo da viagem, como nos conhecíamos e quanto tempo ficaríamos. Nada demais. Nosso passaporte não foi carimbado, recebemos um ticket que apresentamos logo em seguida para outra funcionária. Tanto na entrada quanto na saída é o mesmo esquema do ticketzinho, isso é para não causar problemas a quem mora em países que não tem relações com Israel ou quem planeja visitar um desses países (a lista é longa...)
O aeroporto é bonito e bem organizado em setores. Tinham boas lojas mas achei super caro. Não vale a pena aguardar pra comprar no free shop. Do lado de fora do aeroporto fiquei impressionada com as bouganvilles e pés de laranja. Nunca na minha vida tinha visto um aeroporto com flores e frutas! Realmente, Israel é única.

Judeus ortodoxos

Quando voltávamos, à caminho do aeroporto, o GPS nos levou até o bairro judeu. Era Shabat, o domingo deles que é no sábado (risos). Eles não fazem simplesmente nada nesse dia, o descanso é sagrado para eles. Inclusive não dirigem. E nós passamos de carro. A rua estava fechada e tivemos que voltar, meio perdidos. Foi então que os muito judeus ortodoxos que estavam na rua começaram a gritas coisas para gente em hebreu que obviamente não entendemos palavra. Crianças, homens, senhores gritando algo para a gente que imagino que seja: Parem de dirigir no dia sagrado seus infiéis! Todos no carro ficaram assustados enquanto eu ria achando aquilo ali entretenimento de alta qualidade!


Tirando essa situação que passamos no Shabat, cruzamos com vários judeus de chapéus estilosos em outros momentos. Eu sorria e cumprimentava todos com Shalom ("a paz" em hebraico). Alguns sorriam e me cumprimentavam de volta, outros respondiam sérios e outros ignoravam mesmo.Um vovozinho que usava aparelho pra surdez e tremia um pouco veio até apertar a mão do meu marido e nos desejar um ótimo dia, se não fosse pelo meu Shalom não teríamos tido essa interação, né? 
 Esse vovozinho judeu foi simpático.

O mar morto

No caminho para o mar morto não sabíamos muito bem o que esperar. Logo nos surpreendemos com a paisagem que mudou drasticamente de cidade histórica para o vazio, árido e lindo visual de pequenas montanhas. Era um misto de areia com pedras. De vez em quando víamos cabanas miseráveis com algumas galinhas ou cabras. Mais adiante, como se tivéssemos mudado de canal de televisão, vimos o deserto. Foi daqueles momentos que não se esquece. Meu coração disparou enquanto olhava pela janela do carro e via o que só tinha antes visto em filmes. Um grupo de camelos seguia seu caminho, distante. Era o tipo de coisa inacreditável para nós de lugares tão diferentes do mundo. Mais caminho e a paisagem mais uma vez nos surpreendeu. Montanhas que não acabavam mais, poderosas na sua cor de barro se exibindo ao Sol, inabaláveis. Lindos formatos esculpidos pela ação de milhares de anos. Como se não fosse beleza o suficiente, milhares de palmeiras na frente, contrastando com a imensidão do platô atrás.
Começamos a ver o mar morto à esquerda. Continuamos descendo até chegar ao mineral resort, onde tínhamos ouvido boas recomendações. Potes de lama estavam disponibilizados para a diversão dos turistas. Um grupo imenso de uma igreja de São Paulo me fez me perguntar se eu estava no Brasil ou em Israel. A lama começava a repuxar a pele, eu sentia que algo estava acontecendo. A água, salgadíssima, fazia qualquer um boiar facilmente. Eu e H-P nos divertimos e tiramos fotos. Na entrada ele foi facilmente convencido de que precisava comprar um sapato de plástico para entrar na água. Eu imaginei que não teriam o número 45, e meu pensamento foi confirmado ao vê-lo chegar com um sapato ridículo e menor que o pé. Eu entrei normalmente na água, descalça, para a surpresa de H-P e meu orgulho viking de quem mora na Noruega e já pisou em chão com pedras muitas vezes na vida. Depois de ter viajado algumas vezes por esse mundo afora, consigo evitar muitas armadilhas para turistas. 





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