segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O tão sonhado trabalho numa multinacional no exterior

Mesas, cadeiras, computadores, telefones, papeis, pastas...
Algumas janelas com uma vista do mundo que corre la fora, carros, ônibus e caminhões passando.
Mais um ciclo termina junto com o contrato de trabalho temporario.
Deixarei para tras a rotina entediante, o sentimento de estar presa em uma cadeira olhando para o computador sem vida, o trabalho repetitivo e sem emocão nenhuma. Ganharei a liberdade de fazer o que quiser com os meus dias com menos dinheiro.
Nao verei mais todo dia as mesmas caras de sempre. De poucas vou sentir falta. Com 1 ou 2 manterei contato, a maioria eu encontrarei qualquer dia, na esquina. De uma levarei ressentimento, e uma licão: Nunca mais me sentir em casa com alguem simplesmente por ser minha conterrânea e por podermos falar português enquanto os outros nao entendem o que dizemos. Isso tudo nao eh prova nenhuma de compreensao, amizade ou sinceridade. De todas as pessoas que eu poderia ter conhecido na Lapa, na Melt, ou na festa no barco, lugares onde nos duas frequentavamos no Rio, acabei conhecendo ela, e no trabalho, e na Noruega. Posso dizer que nao valeu a pena nenhum minuto de conversa com essa pessoa de ma indole e interesseira, nem mesmo nos momentos em que rimos juntas.
Convivi com uma brasileira doente, que cria drama, manipula, faz intriga, eh invejosa, competitiva e quer o mal do seu proprio povo.

Em contrapartida trabalhar com noruegueses é otimo, mas pude tambem observar o quanto são curiosos. Gostam muito de perguntar da vida alheia e falam muito pouco de si mesmo, o que cria um desequilibrio desconfortavel. Apesar dessa constatacão, trabalhar com noruegueses foi mil vezes melhor do que trabalhar com brasileiros, e nao estou apenas me referindo à garota problematica que eu conheci aqui nessa empresa. Com os noruegueses não tive nenhum problema, foram sempre educados, me trataram como igual e tiveram paciência em me ouvir falando com eles com um norueguês imperfeito. Recebi alguns elogios, muitos agradecimentos, muita compreensão e respeito da parte deles. Disso, se um dia eu voltar para o Brasil, com certeza vou sentir falta.

Gracas à esse emprego, tive o direito de ter 2 anos de seguro desemprego na Noruega. 

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