Faltam 360 dias para o ano acabar... Essa é uma outra perspectiva para olhar o ano. E se pensarmos assim quem sabe pode ajudar a aproveitar mais e fazer mais? Não que isso seja bom, algumas pessoas precisam fazer menos mas no meu caso acho que não. Estou com 24 anos e 1 ano e 2 meses morando num novo país, acho que eu tenho que fazer coisa pra caramba esse ano. Nos meus planos estão dominar uma língua que eu não gosto- sabe quando as pessoas falam em árabe no metrô e te dói o ouvido? Quando falam em norueguês comigo depois de 5 minutos me dá irritação- será que alguém já passou por isso também? Espero que isso seja uma fase e ela passe logo, senão não sei como vai ser! Enfim, só essa parte da língua vai ser um trabalhão, sem contar nos outros 300 planos...
No Rio de férias, já não aguento mais essa vida de férias. Prova de que o ser humano nunca está satisfeito! Estou morrendo de saudades de trabalhar!
No Rio 2- Estou cada dia mais gringa. E não é um sentimento particularmente bom o de perder a minha brasilidade ou seria brasilitude? Minha nova decepção foi com meu pé direito que cisma em ficar machucado entre os dedos quando uso havaianas. Vê se eu posso com isso? Eu sempre andei de chinelo pra cima e pra baixo!
No Rio 3- revi meu grande amigo Osvaldo, que sempre me diz frases apaixonantes e engrassadíssimas. Dessa vez foi: " Cuidado com os regulamentos. Só a gente é quem segue os nossos regulamentos e muitas vezes eles não funcionam nem conosco mesmo e temos que mudá-los". Grande Osvaldo, falou tudo que eu precisava ouvir. Assinado: general Marcela.
No Rio 4- Estou com saudades da minha casa, do silêncio, do frio! E dando o braço a torcer, até de Oslo.
No Rio 5- Levei o H.P. no pão de açúcar e enfrentamos uma fila homérica. Depois de vários dias de chuva, todos os turistas correram pra lá quando abriu o sol, inclusive nós. A fila estava desorganizada demais e o guarda não falava inglês e nem tampouco havia funcionários dando orientação em outras línguas. Sendo que eram duas filas, uma para comprar o bilhete e outra para embarcar. Tinha muito gringo perdido na de embarcar e quando chegava a hora não tinha o bilhete. Tudo isso por um simbólico valor de R$53,00. Pouca coisa.Ouvi dizer que no cristo é ainda pior.
No começo eu estava LOUCA, com nojo do idioma, acho que isso me atrapalhou um pouco, me fez ter mais resistência em aprender.. sabe como é? Eu achava que era suficiente ouvir na escola e pronto..
ResponderExcluirFique feliz.. vc não está sozinha nesse barco do idioma irritante. Hj eu já não estranho, até gosto de ouvir, desde que não sejam aquelas norueguesas escandalosas rindo e falando alto e rápido... isso sim me irrita para caraleo!
Norueguês com sotaque tb me tira do sério, alguns imigrantes (asiáticos e árabes) falam de maneira tão estranha que eu fico repetindo para eles Hva sa du?? :P Mas em algum momento o idioma começa a fazer mais sentido, vc começa a não se sentir tão perdida.
Qdo fui com Espen no Pão de Açúcar e no Corcovado foi uma coisa assm tb. Filaaaas, e ele sem entender mto pq tanta desorganização. Mas tb né, vai comprar 18 milhões de habitantes do RJ com os míseros 4 milhões e meio da Noruega inteira? Por isso te entendo qdo vc diz que estava cansada já e queria voltar para casa em Oslo. Hehehe..
Aproveite os últimos dias e falamos qdo vc voltar. Bjos (PS: eu não sei se vc já voltou.. )
Ai que bom ouvir que há esperanca! rsrs
ResponderExcluirEspero que essa irritacao e bloqueio ao idioma terminem logo. Está sendo muito difícil :s
Estou ainda na fase que só entendo quando as pessoas falam realmente devagar, o que nunca acontece. Mas aos poucos vai... Nem que demore 5 anos kkkk
Bjs
Oi. Cheguei a este blog justamente por estar me sentindo infeliz e até um pouco depressiva e seu post me trouxe identiicação imediata. Estou morando na Alemanha há 2 meses. Cheguei aqui super disposta a interagir com outra cultura, outra língua, aprender e dar o máximo de mim. Me considero uma pessoa muito adaptável, mas não imaginava estar passando pela barra que estou passando. Me sinto triste com o tempo, o clima, e com a falta de pegar no batente, como eu fazia no Brasil. Paulista, secretária executiva, mãe, esposa e mulher, minha vida era uma loucura. Acordava às 5h da manhã e não dormia mais que 4 ou 5h por noite. Tremenda loucura. Agora estou cansada de cuidar da casa, desta vida de dona de casa, a qual definitivamente não é para mim. E ainda por cima, estou nessa fase de irritação com o idioma. Terrível me sentir assim, quando na verdade eu me cobro. Deveria estar sendo mais grata a Deus por esta experiência única, e que tantos gostariam de estar passando. Muita gente não entende e diz: "aproveita esse tempo" e eu mesma não sou uma pessoa depressiva, sou alegre e super bem humorada, mas confesso que fui pega de surpresa. Espero que passe... que seja só uma fase, e olhando pelo seu ponto de vista, o ano tá correndo, preciso fazer a contagem regressiva e assim, quem sabe, valorizar o tempo que se vai e o que ainda tenho para pode conquistar tantas coisas. Muito bom seus texto. Vou tentar acompanhar. Beijos e boa sorte!
ResponderExcluirOi mocinha, obrigada pela visita. Olha pelo que me disse você acabou de chegar aí, e tinha uma vida agitada no Brasil. Você está sendo forcada a "desacelerar o ritmo" e isso está te deixando deprimida? Mas será que antes quando vc tinha essa vida super agitada você também nao reclamava disso? Eu sei que é do ser humano nunca estar satisfeito, mas se tem algo que eu possa te dizer para tentar ajudar é: Procure a paz e a felicidade dentro de você, pois nao está em um lugar exterior ( Alemanha ou Brasil). Fiquei surpresa por vc estar aí há pouco tempo e nao estar na fase de mil descobertas e "lua de mel". Você nao está saindo e explorando a cidade sozinha, por exemplo museus, bairros diferentes etc.? Tenho certeza de que você tem muitas coisas pra descobrir além de ser "dona de casa". Se puder dê uma olhada no post sobre Choque cultural que eu fiz, talvez seja isso o que você está passando. Bjos e boa sorte!
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